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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A MORTE DE POLICARPO


Policarpo, em sua mocidade, foi aluno do apóstolo João. Foi condenado a morrer queimado no ano de 156 d.C. Uma carta da igreja de Esmirna para a de Filomênia assim relata a sua morte:
- Mas o admirabilíssimo Policarpo, logo que ouviu fa­lar sobre isso (que o procuravam para prender), não se de­sencorajou, mas preferiu permanecer na cidade. Entretan­to, a maioria conseguiu convencê-lo a retirar-se. Então ele se ocultou em uma pequena propriedade... seus persegui­dores chegaram e, como não o encontrassem, aprisionaram dois jovens servos... um deles confessou, sob tortura, o es­conderijo do santo. O oficial apressou-se a conduzir Poli­carpo ao estádio, para que recebesse o castigo que o aguar­dava por ser seguidor de Cristo. Quando adentrava pelo es­tádio, ouviu-se uma voz do Céu que lhe dizia: - "Sê forte, Policarpo, e porta-te varonilmente". Essa voz foi ouvida pelos crentes que se achavam presentes...
Policarpo foi ameaçado de ser entregue às feras.
- Se desprezas as feras - disse-lhe o procônsul - ordena­rei que sejas consumido na fogueira, se não te retratares.
- Tu me ameaças com o fogo que consome por um mo­mento e logo se apaga, mas desconheces o fogo do juízo vindouro, o fogo da punição eterna, reservado para os ímpios!
A multidão, ávida de morte, pede a fogueira para o "Pai dos Cristãos", o "Mestre da Ásia".
Quando quiseram encravá-lo com pregos no poste cen­tral ele disse:
- Deixem-me conforme estou. Aquele que me deu for­ças para suportar o fogo, também me permitirá que per­maneça na pira inabalável, sem que seja seguro por pregos.
Ao terminar a sua oração, o encarregado acendeu a fo­gueira e grandes chamas se elevaram ao alto..."E outros experimentaram escárnios e açoites, e até ca­deias e prisões. Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos a fio de espada; andaram vestidos de peles de ove­lhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados (Dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra" (Hb 11.36-38).


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