Páginas

sábado, 14 de setembro de 2013

O HOMEM QUE NÃO SE IRRITAVA...

 

 

"Havia um homem que não se irritava e não discutia com ninguém. Sempre encontrava saída cordial, não feria a ninguém, nem se aborrecia com as pessoas. Morava em modesta pensão, onde era admirado e querido. 
Para testá-lo, um dia seus companheiros combinaram levá-lo à irritação e à discussão numa determinada noite em que o levariam a um jantar. 
Trataram todos os detalhes com a garçonete que seria a responsável por atender a mesa reservada para a ocasião. Assim que iniciou o jantar, como entrada foi servida uma saborosa sopa, de que o homem gostava muito. 
A garçonete chegou próximo a ele, pela esquerda, e ele, prontamente, levou seu prato para aquele lado, a fim de facilitar a tarefa. 
Mas ela serviu todos os demais e, quando chegou a vez dele, foi embora para outra mesa. 
Ele esperou calmamente, e em silêncio, que ela voltasse. Quando ela se aproximou outra vez, agora pela direita, para recolher o prato, ele levou outra vez seu prato na direção da jovem, que novamente se distanciou, ignorando-o. 
Após servir todos os demais, passou rente a ele, acintosamente, com a sopeira fumegante, exalando saboroso aroma, como quem havia concluído a tarefa, e retornou à cozinha. 
Naquele momento não se ouvia qualquer ruído. Todos observavam discretamente, para ver a reação dele. 
Educadamente ele chamou a garçonete, que se voltou, fingindo impaciência, e lhe disse:

- O que o senhor deseja? 
Ao que ele respondeu, naturalmente:

- A senhora não me serviu a sopa. 
Novamente ela retrucou, para provocá-lo, desmentindo- o:

- Servi, sim, senhor! 
Ele olhou para ela, olhou para o prato vazio e limpo e ficou pensativo por alguns segundos... Todos pensaram que ele iria brigar... 
Suspense e silêncio total. 
Mas o homem surpreendeu a todos, ponderando tranquilamente:

- A senhorita serviu, sim, mas eu aceito um pouco mais-...


MORAL DA HISTÓRIA

Bom seria se todas as pessoas agissem sempre com discernimento, em vez de reagir com irritação e impensadamente. 
Ao protagonista da nossa singela estória, não importava quem estava com a razão, e sim evitar as discussões desgastantes e improdutivas.Quem assim age sai ganhando sempre, pois não se desgasta com emoções, que podem provocar sérios problemas de saúde ou acabar em desgraça. 
Muitas brigas surgem motivadas por pouca coisa, por coisas tão sem sentido, mas que se avolumam e se inflamam com o calor da discussão, isso porque algumas pessoas têm a tola pretensão de não levar desaforo para casa, mas acabam levando para a prisão, para o hospital ou para o cemitério... 
Por isso a importância de aprender a arte de não se irritar, de deixar por menos ou encontrar uma saída inteligente, como fez o homem no restaurante...


"Educar a alma é a alma da educação" (Meimei)...

 

Aviso aos amigos e amigas:...

 

Esse homem não sou eu, estou tentando ser assim... Rsrsrsrsrs...

 

terça-feira, 30 de julho de 2013

O Pintor do Céu - folclore tibetano


(História do folclore tibetano)

***


Há muito tempo, vivia no sul da China um velho pintor de muito talento. O que ele mais gostava de retratar eram rostos de crianças. Toda semana pintava sete carinhas diferentes, uma para cada dia.

 

Certa noite, quanto o velho pintor trabalhava, caiu uma tempestade horrível. Ele estava tão entretido em fazer o retrato de uma linda menina que nem percebeu que à sua porta surgira uma misteriosa figura. Ela atravessou o cômodo e, quando chegou ao seu lado, disse:

- Eu sou a Morte e preciso levá-lo comigo hoje.

O velho, porém, não ficou assustado. Pelo contrário, continuou a pintar, respondendo apenas:

- Morte, por favor, diga ao Senhor do céu que estou muito ocupado e não posso partir sem terminar meu retrato.

Surpresa com a atitude do pintor, a Morte aproximou-se do quadro. Ficou paralisada. O rosto que ele pintava era tão lindo e vivo que parecia lhe sorrir. Emocionada, a Morte foi-se embora. Quando chegou ao céu, o Senhor do céu lhe perguntou:

- Morte, o que aconteceu? Você voltou sozinha?

- Senhor, me perdoe, mas não consegui interromper o velho mestre. Ele estava pintando um rosto tão lindo…

O Senhor do céu ficou furioso com a Morte.

- O que é isso? Você nunca me desobedeceu! Volte já para a Terra e traga-me o pintor!

Mas, quando a Morte chegou à casa do pintor, ficou novamente paralisada. Os quadros do velhinho eram tão maravilhosos que ela não queria que ele parasse de trabalhar. Porém, desta vez não poderia falhar, e pediu que o pintor apanhasse seu material e o quadro que estava pintando e o acompanhasse.

Quando viu o quadro do velho, o Senhor do céu compreendeu a atitude da Morte e disse:

- Meu velho e sábio mestre, soube que na Terra você era um pintor célebre. Pois bem, vou permitir que continue a trabalhar no céu.

E foi assim que o pintor se instalou no maravilhoso palácio celeste junto com o Espírito da Vida. Cada vez que o Espírito da Vida desejava fazer nascer um bebezinho, chamava o pintor para que ele criasse um lindo rosto. E é por isso que, até os dias de hoje, todas as crianças são belas, trazendo em suas pequenas faces o toque mágico do eterno mestre chinês, o pintor dos céus.

 

domingo, 21 de julho de 2013

O Galo e a Pedra Preciosa


Autor: Esopo [1]

O Valor de todas as coisas é Relativo

O Galo e a Pedra Preciosa
A Utilidade determina o valor

Um Galo, que procurava ciscando no terreiro, alimento para ele e suas galinhas, sem querer, acaba por encontrar uma pedra preciosa de grande beleza e valor.

Mas, depois de observá-la e examiná-la por alguns instantes, se volta e comenta desolado:

"Ora, Ora, se ao invés de mim, teu dono tivesse te encontrado, ele decerto não iria se conter diante de tamanha alegria, e é quase certo que iria te colocar em lugar digno de adoração. No entanto, eu te achei e de nada me serves. Antes disso, preferia ter encontrado um simples grão de milho, ao invés de todas as jóias do Mundo!"

Moral da História:
A utilidade de cada coisa é o que determina seu Real Valor.